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Transformação digital: é preciso estratégia para customizar a experiência do cliente

Carlos Mazon, COO da Capgemini no Brasil - Apólice a revista do mercado segurador

Transformação digital: é preciso estratégia para customizar a experiência do cliente

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Segundo o documento, embora 70% das seguradoras estejam investindo em transformação digital para trazer eficiência e consistência em seus canais digitais, 33% ainda não buscam personalizar a experiência de seus clientes finais. A pesquisa enfatiza a importância de tornar digital e multicanal o atendimento ao consumidor, uma prioridade para acompanhar as mudanças atuais e futuras.

As mídias sociais estão sendo usadas para atendimento ao cliente (52%), para monitorar reputação da marca (48%) e para promover produtos e serviços (49%), mas ainda são poucas as empresas que os utilizam para concretizar vendas. Apenas 15% das empresas entrevistadas utilizam esses meios para vendas diretas ao consumidor. Entre os canais mais utilizados estão internet (86%), mídias sociais (77%) e serviços móveis (70%). Apenas 44% utilizam dispositivos incorporados em produtos, para se preparar para a era da Internet das Coisas (IoT).

Carlos Eduardo Mazon

Possuir informações atualizadas e em tempo real pode fazer toda a diferença para uma seguradora oferecer o serviço adequado e na hora certa. Um exemplo é o caso de um casal que acabou de um ter filho. Esse seria, por exemplo, o momento ideal para ofertar um seguro de vida ou um plano de previdência”
Carlos Mazon, COO da Capgemini no Brasil

Outra oportunidade para as seguradoras, de acordo com o executivo, está na integração com outras cadeias de valor, gerando novos ecossistemas, como é o caso do aplicativo para celulares que conecta motorista a passageiros para um serviço de transporte similar ao táxi, que oferece aos motoristas conveniados a possibilidade de contratar seguro para seus passageiros.

Introdução de novas tecnologias não será suficiente

Apesar de concordarem que a transformação digital é essencial para o posicionamento estratégico do negócio, a maioria das empresas ainda precisam melhorar a maneira de implementá-la. A introdução de novas tecnologias, por si só, não será suficiente, a partir do momento que o importante não são as tecnologias em si, mas como usá-las de maneira eficiente. Apesar de 67% das seguradoras já monitorarem suas operações em tempo real, apenas 41% possuem processos capazes de se adaptar rapidamente às mudanças externas.

A pesquisa também mostrou que a velocidade exponencial da revolução tecnológica e o crescente empoderamento dos consumidores, que demandam cada vez mais experiências de interação e engajamento flexíveis, vêm exigindo das seguradoras novas formas de oferecer produtos e serviços por meio de tecnologias digitais.

“Diante deste cenário, fica claro que as seguradoras têm duas opções: ou se movem e atravessam efetivamente esse processo de transformação digital, ou esperam que novos entrantes ganhem cada vez mais mercado, como já aconteceu com outros segmentos de negócios”, conclui Mazon